sábado, 6 de setembro de 2008

Objecto Depressor e Explosão Neurótica


Em pleno período de estudos para a 2ª época de exames, parece-me importante aqui aproveitar para introduzir e clarificar dois conceitos que tanta confusão geraram junto dos meus alunos de Psicoterapia: Objecto Depressor e Explosão Neurótica.


Seguindo a terminiologia de Coimbra de Matos e defenindo a "Depressão" como um estado (relativamente passageiro) de tristeza e abatimento, "Depressibilidade" a capacidade (saudável) do sujeito se deprimir (ficar com depressão) face a estímulos adequados e "Depressividade" um traço (patológico e de personalidade) com características mais duradouras, fundamentadas numa baixa auto-estima, teremos que "Objecto Depressor" será o indivíduo que induz esse mesmo estado.


No caso de famílias em que os pais, sem qualquer razão, desvalorizem frequentemente os filhos com afirmações do género "tu não sabes fazer nada" ou "tu não vales nada" (encaradas como verdadeiras pelos filhos, em vez de ler "os meus pais estão a prejudicar-me"), o "Objecto Depressor" consiste efectivamente nesses mesmos pais.


Já a "Explosão Neurótica" remete para outra realidade: Sabemos que para sair da depressividade, o sujeito precisa de deflectir a agressividade (até então interiorizada). Ora acontece por vezes que este sujeito exterioriza esta agressividade (explode), por vezes e durante alguns momentos, de forma tão evidente que chega a mesmo a aproximar-se de outros estados psicopatologicamente vizinhos (e também mais graves). A esta dinâmica denomino por "Explosão Neurótica" e quando devidamente controlada e enquadrada psicoterapeuticamente, acaba por se restabelecer sem consequências psicopatológicas.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Declaro oficialmente aberto o Blog "Rui Manuel Carreteiro".

Nele aparecerão algumas reflexões e considerações pessoais especialmente dirigidos aos meus alunos, pacientes e todos os que contactam comigo mais de próximo, mas também a todo o público em geral.

Não prometo uma publicação diariamente assídua, mas antes uma colocação pontual de conteúdos que se revelem temporalmente pertinentes.


Um abraço!